Empresa investe em crescimento interno e retenção de talentos
Capacitar os próprios funcionários é uma estratégia vantajosa
Há 14 anos, Marcelo Augusto de Sousa, hoje com 45 anos, entrava na Dax Oil, refinaria privada instalada no Polo de Camaçari, como operador de caldeira. Foram oito anos na mesma função, mas sempre buscando conhecimento e oportunidades para crescimento. “Eu tive oportunidade de treinar e atuar como operador de produção e este período foi de bastante aprendizado e conhecimento, com manutenção de bombas, variáveis do processo e produto final”, lembra. O profissional seguiu buscando crescimento e, em 2018, alcançou a posição de operador de painel.
Longe de ser uma exceção, a história do progresso profissional de Marcelo é um indicativo do ambiente propício ao desenvolvimento de pessoas na empresa. Hoje, 51% dos profissionais que trabalham na Dax Oil foram formados internamente. Aqueles que possuíam menos tempo de casa passaram por processos de treinamentos de capacitação, enquanto os mais antigos tiveram a oportunidade de validar o conhecimento adquirido internamente. A estratégia foi adotada para manter todos, independente do tempo de casa, igualmente motivados. Atualmente, a empresa tem 56 colaboradores diretamente envolvidos com o refino de petróleo.
Os desafios de operar durante o período de pandemia escancaram para a empresas como a Dax Oil a necessidade de investir de maneira estruturada em um programa para a formação da sua equipe. A empresa baiana que atua há 23 anos no mercado de refino de petróleo e produção de combustíveis, que emprega diretamente quase 120 colaboradores, além de outros 300 indiretos, criou um sistema de reconhecimento, com broches alusivos aos cinco, 10, 15 e 20 anos de casa.
As principais ações da empresa para manter o time sempre motivado passa por disponibilizar oportunidades de crescimento na carreira, através de avaliações internas e a disponibilização de vagas. Como a empresa disponibiliza o Auxílio Educação a todos os funcionários que queiram estudar, o que se percebe é que vários funcionários utilizam o benefício para se qualificar.
Marcelo Augusto de Sousa conta que encontrou na Dax Oil um ambiente que favorece o desenvolvimento pessoal. Ciente disso, tem investido no seu desenvolvimento pessoal e profissional. “Tenho procurado entender cada vez mais os processos de transformação do petróleo, conhecer os produtos derivados dele”, explica. Antes de ser efetivado como operador de painel, teve a oportunidade de substituir colegas da área durante as férias deles.
“Fui me aprofundando tanto na área quanto no processo geral da planta e hoje estou nesta função há quatro anos. Só tenho a agradecer”, diz. Satisfeito? “Eu estou visando um cargo de supervisão ou gerência no futuro. Minha parte estou fazendo, que é aprender mais para galgar esta nova oportunidade”, completa.
Este ambiente de oportunidades chamou a atenção de Fábio Melo antes dele começar a trabalhar na Dax Oil, onde está há menos de um mês como operador de pátio I. “Conheço a Dax há 16 anos, pois trabalhava em empresas terceirizadas prestando serviço à mesma. Sempre tive vontade de ter uma oportunidade para fazer parte dela. Dei o meu melhor durante esses anos, trabalhando na terceirizada, vislumbrando a minha oportunidade. Busquei dentro de minha realidade conhecer o processo e a Dax Oil, sabendo que ela é uma empresa que dá oportunidades”, afirma Fábio Melo. “Chegou a minha vez e nesse momento tudo o que quero é estudar para me aperfeiçoar e seguir buscando oportunidades melhores dentro da empresa”, garante.
Retenção de talentos
Luciana Neuber, gerente de Formação, Desenvolvimento e Retenção de Talentos da SIS Innov & Tech, empresa de inteligência tecnológica em inovação e transformação digital, explica que é muito mais vantajoso ajudar na transição de carreira de um talento que já está dentro da empresa do que investir em contratar e treinar um novo profissional.
“A retenção, motivação e economia de tempo e dinheiro com a transição de um colaborador já adaptado à cultura e valores da empresa, comparados a contratação e treinamento de um novo funcionário, são fatores importantes a serem considerados”, afirma.
A especialista aponta que esse processo, no entanto, pode não ser fácil – tanto para o membro da equipe, quanto para os gestores e que, por isso, é essencial tratar internamente, com frequência, a valorização da evolução dos times, a economia de tempo e dinheiro e a importância da retenção de talentos. Ela diz ainda que algumas lideranças podem até entender como uma perda quando um funcionário é movido para outro time.
“É preciso estar atento às boas práticas de retenção e, sem agredir a cultura da empresa, poder implementá-las para que a empresa continue sendo competitiva. Costumo dizer que é mais vantajoso perder um colaborador para dentro de casa do que para fora Para que o gestor não fique com a impressão de que perdeu alguém, mas sim que contribuiu com o crescimento de duas pessoas, a que migrou de área e aquela que a substituiu”, explica.
Ações para motivar, capacitar e qualificar
- Identificação do tempo de casa através de broches
- Capacitação e qualificação para os profissionais menos experientes
- Certificação das competências adquiridas ao longo do tempo pelos profissionais mais experientes
- Oportunidades de crescimento através de avaliações contínuas e vagas para o preenchimento interno
- Oferta de Auxílio Educação para 100% do quadro de funcionários interessados em estudar
Matéria original publicada em Correio* em 30 de setembro de 2024 por Nilson Marinho. Confira aqui